quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Um objeto louco? Louco pela dona!

Como você pôde fazer isso, me trocar por outro?! Eu fui o fone de ouvido mais fiel que você teve, dentre aqueles três que tinha. Todos eles pifaram antes mesmo de alguns meses e eu firme e forte, durei quase quatro meses, quando você me abandonou e partiu meu coração!

Vivemos todos aqueles momentos para você fazer isso... é como diz aquela música: "êêê, infiel / estou te expulsando do meu coração / assuma as consequências dessa traição!". Eu te levei em todos os lugares que mais precisava, te consolei, a fiz chorar nesses meses que estava aqui. Você é louca ao mesmo tempo que está triste, começa a rir e a dançar. Você é bipolar, não!? Mas eu te aguentei...

E todos aqueles dias quando acordava cedo e estava com muito sono e precisava sair pra comprar pão? Eu, somente eu, te animava, enquanto todos estavam dormindo. Só quero ver agora como vai se animar pelas manhãs com aquele amiguinho por quem você me trocava... um tal de Netflix. Pelo que eu sei, não dá pra levar televisão pra padaria!

Fico lembrando aqui do dia que você foi tomar banho e colocou a rádio em alto falante e caiu no box do banheiro! Bem feito, não quis me usar, me trocou pelo alto falante! Logo eu, que te fiz sentir vários sentimentos com as músicas, fazia você se animar, rir, dançar! Sei que também te trouxe vários problemas, como quando você não escutou sua mãe falar pra arrumar a casa, mas valeu a pena! E tudo bem, também, porque eu tinha que te escutar repetindo aquela músca "carry on, carry on" tantas vezes que você até me irritou! Não parava!

Estive com você também em lugares que não queria estar! Eu era sua salvação quando você ficava sozinha - ou quando se arrumava! Querida, ou você se arruma, ou dança, não tem como fazer os dois ao mesmo tempo, fica a dica!

Eu era louco por você, na verdade ainda sou, apesar de você ter me quebrado e abandonado. NEsse pouco tempo, percebi que você é uma pessoa louca, que só canta e é desastrada, mas que chega a ser engraçada! É uma loucura querer você de volta, é preciso muito amor e paciência mesmo!

Camila Saes
8ºB

Um dia cheio de aventura

Estava eu lá, ajudando o meu irmão a caçar Pokémon. Eu não queria ajudá-lo porque estava assistindo pela televisão um jogo, que acontecia na arena das Olimpíadas. Quem quer caçar Pokémon, quando está acontecendo um jogo no seu próprio país? Bom, querendo ou não, eu fui! E foi naquele dia que aconteceu uma coisa muito, mas muito ruim comigo!

Eu e meu irmão estávamos em uma praça, na frente de casa, ele no celular e eu olhando a paisagem. Do nada, não sei de qual lugar, apareceu um homem bem esquisito! Ele mandou o meu irmão dar o celular, só que o turrão não quis dar, porque bem naquele momento apareceu um Pokémon lendário. Só que o homem mal encarado tirou uma arma de dentro da blusa e eu me desesperei! Entrei no meio do meu irmão e do homem, só que o bandido me mandou sair, me empurrando muito forte! Acabei batendo a cabeça e desmaiando.

Agora, estou no hospital. O homem me empurrou de uma maneira que acabei quebrando o braço! No final das contas, meu irmão me contou que deu o celular e começou a me sacudir, para ver se eu acordava. Eu fiquei bem, mas acabei odiando esse jogo e meu irmão, por ter esperado tudo aquilo acontecer para entregar o celular!

O pior é que vou ter que ficar com gesso no braço por três meses! E ainda foi com o braço direito, o que quer dizer que eu não vou poder escrever nem estudar direito! Ainda não acredito que tudo isso aconteceu por causa de um jogo e um menino viciado.
Mas enfim, eu sei que vou ficar bem e já contei toda a história então.... FIM!


Gabriela Pereira
6ºB

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Eu não me arrependo!

Eu tinha entre 14 e 15 anos, não sei ao certo. Meus pais estavam em uma fase complicada no casamento devido à crise financeira que os afetou. Eu e meu irmão mais velho tínhamos brigado feio na semana anterior, não sei dizer se fiz o que fiz pelo fato de estar cansada da situação, ou porque sou louca e me descontrolei.
Meu pai, que não trabalhava perto de casa e não tinha muita afinidade comigo e com meu irmão resolveu que queria passar um tempo com os filhos - embora eu ache que ele só queria se aproveitar para ganhar nosso apoio na briga com minha mãe (desculpa, pai! Eu te amo, mas não sou burra!). Minha mãe não queria nem falar com ele, mas acabou deixando.
Fomos para o apartamento onde ele estava morando, na cidade vizinha, lembro-me inclusive que Daniel quase me bateu por querer ir no banco da frente. Meu pai, que nunca foi de ter muita paciência, quase amarrou os dois no banco traseiro. Já havíamos começado mal. Daniel resmungou o caminho inteiro, como se tivesse 10 anos.
Mas enfim, papai deu algum dinheiro que estava guardado, fomos ao shopping e ao cinema. Estávamos na barraquinha de churros, que eu quase matei pra comprar, quando aconteceu.
Meu pai sempre foi um homem muito bonito e bem apessoado, assim como os filhos, diga-se de passagem. Mas voltando, eu estava comendo meu delicioso churros ao lado do meu irmão emburrado, que mexia no celular no banco da praça quando uma mulher chegou e beijou meu pai. Meu pai. Eu assisti à cena petrificada. Ela tascou um beijão nele e foi aí que lembrei de minha mãe e suas suspeitas de que meu pai a traía. Até achei que era loucura, mas ele não afastou a loira alta, que tinha idade para ser sua filha. Senti um nojo enorme. Sabia que meus pais não estavam mais juntos como casal, mas minha mãe ainda o amava e os papéis do divórcio ainda não tinham sido assinados. Eu achei que ainda havia esperança, então com isso em mente, não pensei duas vezes, levantei antes de Daniel e esbocei um sorriso falso e irônico.
Meu pai ficou branco, sem saber o que dizer e a mulher ficou ainda mais branca que papel sulfite. Lembro das exatas palavras que eu disse a ela: “Você deve ser a criança que meu pai está adotando... ou é uma amante qualquer?”.
Pronto, esta foi a deixa para uma briga enorme, mas que acabou funcionando. A mulher foi embora e tempos depois meus pais voltaram. Hoje sei que não devia tê-la tratado daquele jeito, foi imaturo. Mas foi marcante e afinal, eu era jovem, jovens fazem besteiras. No caso, a besteira deu certo.

Moral da história: faça uma loucura infantil se for por uma boa causa.

Isabella - 8°B 2016 

Jovens na balada

Música alta, gente se pegando, uma galera bêbada brigando e eu vendo isso tudo sem muito o que fazer por causa do sono e vendo meus amigos desaparecidos naquilo tudo.
Comecei a avaliar aquelas coisas. Para que uma música tão alta? Isso até é aceitável, adoro música alta. E tem também as pessoas se beijando, parece que é mais para chamar atenção do que qualquer outra coisa e logo depois trocando por outra pessoa, e depois por outra, o que é bem desnecessário. Também tem os bêbados, como não falar deles? Os palhaços do circo, a atração principal, falando alto, brigando por motivo nenhum, fazendo as pessoas rirem deles.
Tirando essas coisas e o fato de eu estar sozinho nisso tudo, até que é divertido ver acontecer, bem melhor do que ficar sem fazer nada. Agora, qual o motivo desse cubo em que me encontro? Acho que só serve para ganhar dinheiro das pessoas que querem esquecer um pouco da vida. Algumas delas não devem nem aproveitar isso porque a realidade provavelmente bate em suas caras, com um assaltante levando suas coisas, mas somos brasileiros, sempre acabamos conquistando as coisas de novo!

Finalmente, chegaram! Já estava cansado de ficar sozinho. Enfim em casa, onde não tenho nenhuma dessas coisas, mas tenho uma das melhores já inventadas: a cama!

Gabriel Siqueira
8°B - 2016