segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O assassinato

Eu estava na aula, esperando ansiosamente o sinal tocar. Er aula de geografia, uma matéria que eu realmente não gostava. Finalmente, tocou o sinal de ir embora e fui voltando para casa à pé. 

Andar pela rua de noite era assustador. Estava escuro e fiquei com um pouco de medo. Cheguei em casa, minha mãe me abraçou e depois me perguntou como havia sido meu dia no colégio. Eu não queria ficar falando muito, então disse que tinha sido um dia como todos os outros. 

Fui para o meu quarto e logo peguei o celular e comecei a mexer. Fiquei um pouco preocupada porque meu pai ainda não tinha chegado do trabalho. Alguns minutos se passaram, vi meu pai estacionando o carro pela janela, fiquei um pouco mais tranquila, mas estranhei um pouco, pois ele sempre entrava no meu quarto e dava um beijo na testa, o que não fez.

Saí do meu quarto à procura de meu pai e minha mãe, não sei o que tinha acontecido, mas eles pareciam muito tristes. Meu pai então falou que nosso amigo, que era como parte da minha família, havia falecido no dia anterior, ao meio-dia. Ele era muito legal, queria conhecer o mundo inteiro e no momento de sua morte estava na Austrália, do outro lado do mundo. Ninguém poderia comparecer ao seu enterro.

No começo fiquei normal, mas com o tempo passando comecei a ficar triste e com saudade. Um dia pensei que, com minhas economias, poderia ir para Austrália e colocar pelo menos algumas flores em seu túmulo. 

Já tinha a ideia toda pensada, comecei a prestar mais atenção nas aulas de inglês, para me comunicar com os australianos. O dia chegou, peço autorização para os meus pais e foi muito difícil, tive que implorar, mas consegui! Só que tinha uma condição: a viagem aconteceria depois do meu aniversário, já que eu completaria 18 anos. 

Demorou um pouco, mas aqui estou, na Austrália. Fui para a delegacia com uma mochila nas costas, na minha mão a foto do meu amigo. Perguntei sobre ele, perguntei como ele morreu, mas o delegado disse que havia sido de alguma doença. Só que eu não acreditei. Saindo da sala do delegado um outro policial veio em minha direção.

O policial disse que o caso não tinha sido completamente resolvido, me mostrou até a ficha do meu amigo, não tinha quase nada, só o nome e o endereço da casa dele. Então resolvi ir até o endereço e perguntei aos vizinhos o que eles sabiam. Todos disseram que não viram nada, mas um disse que escutou gritos na noite de sua morte e eu logo pensei que podia se tratar de um assassinato!

Comecei a procurar pistas, fiquei muito tempo procurando e descobri que meu amigo na verdade havia sido envenenado com um um veneno que quase não deixava rastros. Por algumas câmeras das ruas, vi que no momento de sua morte a janela estava aberta e alguém tinha atirado com uma arma o dardo de veneno que pegou bem em seu peito. Nas fotos que o policial me mostrou, já com o corpo morto, estava uma cicatriz bem em seu  peito. 

Então pensei: "quem poderia entrar na sala onde o corpo estava? O que ele fez para ser morto desta maneira?". Fiquei um bom tempo pensando e como um flash lembrei que certa vez meu amigo tinha dito que tinha um amigo delegado na Austrália. Desconfiei do delegado que eu tinha conhecido, fui até outra delegacia e contei tudo o que eu sabia. Os policiais investigaram e viram que eu estava certa, então prenderam o delegado. Eu finalmente consegui ir ao túmulo do meu querido amigo com as flores que ele tanto gostava. Fiquei triste, mas sabia que agora ele descansava em paz. 


Iris Sedna
6ºB

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