segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A riquinha fugitiva

Durante a semana, os alunos do 8°A discutiram sobre diversos aspectos da infância e como ela é vivida de diferentes formas ao redor do Brasil e do mundo. A partir deste tema, os alunos foram convidados a fazer uma redação abordando o assunto e criando personagens que podiam muito bem ser parte da realidade. Segue a campeã desta semana. 

A RIQUINHA FUGITIVA
Dia 21 de junho de 2004, uma garota chamada Manoela nasceu em uma família milionária. Seus pais se chamavam Leonardo e Larissa, e moravam em uma incrível mansão.

Cinco anos depois, Manoela já fazia aula de piano, inglês, espanhol, dança, natação, canto e teatro, ou seja, não tinha tempo para absolutamente nada, muito menos de brincar. Aos seis anos, Manoela já entrou na escola, pois sabia ler, escrever e até falar inglês e espanhol. Assim, Manoela foi direto para o terceiro ano e era a mais nova da turma, mas também a mais inteligente.

Completou doze anos e não aguentava tantas coisas para fazer, sem poder brincar com ninguém e nem aproveitar sua infância. Manoela então resolveu fugir de casa. Preparou suas coisas e, já que era tão esperta, fez um plano de fuga. Ela esperou seus pais dormirem, mas tinha que passar pelos alarmes que eles acionavam durante a noite para prevenir bandidos de entrar e roubar as coisas preciosas que tinham. Depois disso, também tinha que passar pelo segurança.

Manoela tinha um grande desafio, mas era muito esperta e conseguiu fugir. Vocês devem estar perguntando como, então eu vou explicar. Ela passou se arrastando no chão, porque assim o alarme não acionava, e deu um remédio para o segurança dormir. Pegou a chave que sabia onde sua mãe escondia e antes disso pegou uma cópia da chave para sua mãe não descobrir. 

A menina só esqueceu uma coisa: o dinheiro. Ela resolveu voltar, mas seria muito arriscado, então teria que se virar. Como ela tinha habilidade em muitas coisas, acreditou que seria fácil ganhar dinheiro. 

Ela também não pensou onde iria ficar. Ela tinha muitos amigos na escola, então ligou para vários, mas apenas uma resolveu ajudar. Manoela percebeu que os outros só estavam interessados no dinheiro, pois quando dizia que estava sem nenhum desligavam na sua cara. Mesmo a menina que a ajudou só deixou Manoela ir para sua casa, porque ela não contou que estava sem dinheiro,

Foi para casa da amiga Beatriz, que não era tão grande quanto a sua, mas também não era pequena. Os quartos eram para Beatriz e seus pais, então Manoela ficou na cama de Beatriz, e Beatriz no colchão. 

No meio da noite, Beatriz foi ver o que tinha na mochila de Manoela. Viu roupas, maquiagem, acessórios, celular, fones e jóias, mas não viu dinheiro. Então a menina decidiu pegar algumas joias e algumas roupas. Manoela acordou e viu tudo isso, mas não falou nada e fingiu que estava dormindo. Beatriz escondeu tudo em sua gaveta e voltou a dormir.

Manoela pegou tudo de volta e foi para a sala com sua mochila. Acordou às cinco horas da manhã e saiu de lá o mais rápido possível. Quando saiu, viu crianças no farol fazendo malabarismo e pedindo esmola. Ela não sabia que as crianças faziam aquilo porque precisavam, e não por diversão, e foi falar com eles:

_ Olá, posso participar com vocês?
_ Oi, quem é você? Por que quer pedir esmola?
_ Eu sou Manoela e fugi de casa, então estou precisando de dinheiro. 
_ Então você tinha uma casa?
_ Tinha, por quê? Vocês não tinham?

Eles ficaram quietos por um tempo, mas um deles explicou o motivo de cada um estar pedindo esmola. Uns porque os pais obrigavam, pois não trabalhavam, outros porque moravam sozinhos nas ruas e diversos outros motivos. Manoela ficou se sentindo mal, mas mesmo assim perguntou se podia ficar um tempo com eles para conseguir dinheiro. Depois de uns três dias morando na rua e pedindo esmola, entendeu que era muito difícil a vida desses garotos.

Então um dia Manoela viu o carro de seus pais. Depressa ela se escondeu, mas não adiantou, porque seus pais já tinham visto. Sua mãe saiu desesperada do carro e levou Manoela para lá, impressionando todos os garotos. 

Chegaram em casa e Manoela explicou o porquê da fuga. Depois disso, Manoela chamou os meninos de rua para passar uns dias em sua casa e saiu dos cursos que tanto ocupavam o seu tempo. Finalmente, pôde ser uma criança.

Isabella Zanesco Canuto
8°A



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