segunda-feira, 3 de abril de 2017

O tabuleiro dos espíritos

Na última semana, os alunos do 8ºA votaram nos temas que mais sentiam vontade de escrever. Entre os temas finalistas, ficaram:
1. terror/sobrenatural

2. quando fui sequestrado
A vencedora da semana escolheu o primeiro tema. Prepare-se para se arrepiar!

O Tabuleiro dos Espíritos

Era uma vez duas meninas que eram órfãs e que se chamavam Letícia e Júlia. 

Um dia, Letícia viu um jogo debaixo da cama de Giovanni, um menino que também vivia naquele orfanato, mas que já tinha seus catorze anos e ainda não tinha sido adotado. O menino já tinha desistido de ter uma família e era muito estranho. Tinha os cabelos pretos e longos, adorava assustar as crianças menores contando histórias de terror. Além de contar essas histórias, ele ainda afirmava que todas aconteciam de verdade.

Letícia pegou o jogo e na capa estava escrito o nome do jogo que era OUIJA e falava para não abrir. Então, a menina levou-o para Júlia decidir se jogavam ou não. 

Chegando no quarto, Letícia mostrou o jogo para a amiga Júlia, que falou que aquele era só mais um jogo qualquer e que não tinha nada demais. Elas então começaram a ler as instruções e ficaram com medo, pois o jogo mexia com espíritos. Resolveram guardá-lo de volta na caixa, mas não adiantou, pois a partir de quando a pessoa abria a caixa, tinha que jogar. Então, quando tentaram fechar mais uma vez, a caixa se abriu e o jogo voou com força contra a parede! Júlia então disse, quase chorando:

_ Acho melhor a gente jogar para ver se essa coisa do mal vai embora!
_ Melhor mesmo, a gente nem deveria ter tocado nele!

Começaram então a jogar. Elas tinham que fazer perguntas para o tabuleiro e com o triângulo que tinham que deixar em cima dele, os espíritos respondiam. Júlia perguntou:

_ Você está aí?

O triângulo foi sozinho para o lado do tabuleiro em que estava escrito "sim". Elas ficaram com muito medo e começaram a chorar. 

_ Você é um espírito do bem ou do mal? - perguntou Letícia

Com as letras do alfabeto que tinha no tabuleiro, o espírito respondeu que era mau. Júlia então perguntou qual era o nome dele, e o espírito, novamente com o alfabeto, escreveu que era Adibiha. 

_ Nós podemos ir embora? 

Adibiha falou que nunca iria libertá-las. Então, Júlia e Letícia cansaram de jogar e resolveram queimas o tabuleiro. Mas o que elas não sabiam era que Giovanni pegava todas aquelas histórias que contava do jogo! Eram os espíritos do mal que contam aquelas histórias para o menino e tudo o que acontecia com o tabuleiro, acontecia de verdade no orfanato. 

Portanto, quando Júlia e Letícia colocaram fogo no jogo, incendiaram o orfanato junto e todos de lá morreram. Seus espíritos ficaram rondando por aí em busca de pessoas para assombrar e o tal jogo nunca mais foi visto. 

Fernanda Bonimcontro. 
8ºA

Querido Deus,

quero te agradecer por todas as oportunidades que você me deu. Minha vida, minha família... me sinto privilegiado!

Sei que você é muito bom, mas só tenho uma pergunta: por que tem tanta gente ruim no nosso país e até no mundo?

Eu acho triste quando vejo pessoas necessitadas, que não tem casa nem família. Também acho triste quando vejo uma criança pobre, joga na rua, pedindo dinheiro nos faróis. Seria tão bom se todos tivessem as mesmas condições financeiras, que fossem amadas, que pudessem sentar em uma mesa com a família para tomar café, para conversar... se fossem todos felizes!

Deus, gostaria de agradecer por ter criado a natureza, os rios, os animais, tudo tão bonito! Pena que algumas pessoas não conseguem enxergar tudo isso, pois são tão egoístas e só pensam em si. Deus, ajude para que as pessoas consigam conviver em paz, para que o dinheiro não seja mais importante, para que não haja guerras, para que as pessoas respeitem suas diferenças e assim possam ser felizes. 

Para mim e para minha família, peço muita saúde, felicidade e que possamos estar sempre juntos! 


Gostaria de agradecer pelos meus amigos e por todas as pessoas que eu conheço. Obrigado por tudo!

Arthur Reis
7ºA

Com esta linda carta, nosso aluno Arthur do 7ºA foi o vencedor da semana. Os estudantes da turma foram convidados a escrever uma carta aberta e puderam escolher entre super heróis, políticos e deuses. Arthur escolheu bem, e não poderia ter endereçado de maneira melhor. É ou não é dessas cartas em que a gente sente o coração do escritor na mão?