domingo, 15 de outubro de 2017

Um dia inesquecível

E se nós fôssemos proibidos de estudar? Se nos tirassem o direito de aprender, de saber o que é uma escola, de viajar pelo pensamento. Há alguns anos isso aconteceu com Malala e os alunos do 6ºA se imaginaram ao lado dela, presenciando seu atentado. Como seria? Leonardo explica direitinho, como se realmente estivesse por lá. Confira!

UM DIA INESQUECÍVEL

Era um dia normal, como todos, de rotina. Estávamos nos aprontando para ir à escola, aquele seria nosso último ano estudando, porque estudar seria proibido, mas nós mal sabíamos o que estava para acontecer. 

Eu me vesti, peguei meu material, dei tchau para minha irmã (que estudava de tarde e só iria depois), um beijo em minha mãe e um abraço no meu pai. Eu estava atrasada, portanto não tive tempo de tomar café da manhã, saí de casa e fui até o ponto. Lá, o ônibus chegou logo e não tive que esperar muito. 

Entrei no ônibus e sentei com minha amiga Muna. Nós estávamos conversando sobre as provas, em especial a de Ciências, que era uma das mais difíceis. Mas no meio da conversa o ônibus parou e eu ouvi a voz de um homem perguntando onde estava a Malala. O motorista conversou um pouco e até então todas nós já tínhamos coberto o rosto, menos uma... a Malala.

Ele andou até o corredor e tirou uma arma do bolso. Em seguida deu três tiros, acertando-os em Malala e em suas duas amigas, que não se feriram tanto. Malala apagou e caiu nos braços de sua amiga, que se encharcaram de sangue.

O homem em seguida fugiu de carro e o motorista ligou para a ambulância, mas todas nós tivemos que retornar para casa. Com tanta correria, ao invés de estudar mais para a prova, eu não parava de pensar na Malala, se ela voltaria a estudar, se ficaria sem sequelas, ou mesmo se sobreviveria. 

Nas semanas seguintes, recebemos notícias que ela teve uma melhora e passava bem, mas o medo era tanto que depois de dois meses me mudei para o Brasil. 

Leonardo Sobrinho
6ºA

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